A notícia foi recebida com protestos pelo e-commerce. Mercado Livre e Netshoes lançaram a campanha #FreteAbusivoNão contra o aumento da tarifa e questionam reajustes entre 8% e 51% nos serviços quando a inflação anual ficou em torno de 3%.
Leandro Soares é um dos diretores do Mercado Livre e diz que o consumidor “não quer e não merece” pagar por um aumento tão grande. “Existem diversas rotas entre cidades fora dos grandes centros que terão um aumento de até 51% no valor do frete. A média de aumento será de 29% de acordo com a tabela nova que recebemos dos Correios”.
A Netshoes também questiona a porcentagem do reajuste e diz que os novos valores deve impactar negativamente nas vendas em regiões periféricas. Graciela Kumruian, chefe de operações da empresa, diz que eles esperam reduzir o impacto desse aumento para o consumidor, mas que será inevitável repassar parte do reajuste aos clientes. “Caso esse reajuste seja levado a diante, todos irão perder, inclusive os Correios, que optaram por uma medida simplista e abusiva em vez de encontrar maneiras criativas de revigorar o seu negócio”.
Questionado sobre os valores do reajuste, os Correios responderam que "a Política Comercial dos Correios tem uma estratégia de precificação que segue a lógica do mercado e, mesmo com os aumentos de custos, a empresa busca o menor impacto possível nas praças mais relevantes para o e-commerce brasileiro. O reajuste médio de 8% vale para a maior parte dos envios atualmente realizados pelos Correios. Para alguns trechos, onde a demanda é menor, e os custos, maiores, o preço dos serviços reflete essa realidade".
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