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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Depressão está relacionada a excesso de gordura corporal, diz pesquisa

Pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, relacionaram a depressão ao excesso de gordura corporal em um novo estudo. A análise foi feita comparando informações de quase 1 milhão de pessoas de diversos países.

De acordo com a pesquisa, um excesso de dez quilos de gordura já aumenta em 17% o risco de desenvolver depressão. E essa probabilidade pode ser ainda maior se o peso na balança subir. “Um dos pontos fortes do nosso estudo é que conseguimos ampliar e observar a relação específica entre a quantidade de gordura corporal e o risco de depressão”, afirmou um dos autores, Søren Dinesen Østergaard, em comunicado.

Como explicou o especialista, trabalhos anteriores utilizaram predominantemente o Índice de Massa Corporal (IMC) para medir a obesidade, o que é um problema: como o índice é calculado apenas com base no peso e na altura, não leva em conta, por exemplo, os percentuais de gordura e de massa muscular.

Além disso, a análise também indicou que a localização da gordura no corpo não faz diferença no risco de desenvolver a doença, o que sugere que são as consequências psicológicas do excesso de peso ou obesidade que levam ao aumento do risco de depressão. “Se o contrário fosse verdade, teríamos observado que gordura localizada no centro do corpo aumenta mais o risco, já que tem o efeito mais prejudicial em termos biológicos”, apontou Østergaard.

Para os especialistas, esse estudo contribui para melhorar os índices globais de obesidade, que atinge quase 40% da população mundial. Contudo, eles ressaltam a importância de fazer isso sem comportamentos gordofóbicos, que podem prejudicar ainda mais quem sofre com o problema: “Os esforços da sociedade para combater a obesidade não devem estigmatizar, porque provavelmente aumentará ainda mais o risco de depressão. É importante ter isso em mente para que possamos evitar fazer mais mal do que bem no esforço para conter a epidemia de obesidade”, explicou o pesquisador.

Galileu

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Mancha vermelha em Júpiter é um furacão do tamanho da Terra que encolhe por razão ainda misteriosa

Planeta Júpiter — Foto: Nasa
Semana passada a NASA divulgou sua imagem mais recente do planeta Júpiter. Desde 2014 a agência espacial norte-americana vem fazendo imagens frequentes dos gigantes gasosos do Sistema Solar. O programa, chamado de legado dos planetas exteriores, tem por objetivo monitorar a dinâmica da alta atmosfera de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno com uma foto por ano, pelo menos
Mancha vermelha em Júpiter na verdade é um furacão — Foto: Nasa
Imagens desses planetas existem já há mais tempo do que isso, especialmente de Júpiter e sua Mancha Vermelha gigante. Na imagem divulgada na semana passada ela está em grande destaque, como você pode ver logo abaixo e, talvez por isso, a informação mais importante que a imagem nos mostra foi negligenciada: a Grande Mancha Vermelha continua encolhendo.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Cientistas dos EUA imprimem válvula de coração 3D feita de colágeno

Partes do coração são feitas de colágeno — Foto: Carnegie Mellon University College of Engineering/AFP
Cientistas americanos usaram uma bioimpressora 3D para criar partes de um coração feitas com colágeno. Eles garantem que a tecnologia é um avanço para montar órgãos inteiros no futuro.

A técnica, publicada na revista "Science" desta quinta-feira (1º), replica as estruturas biológicas complexas do corpo, que são responsáveis pela configuração e pelos sinais bioquímicos necessários para que os órgãos funcionem.

"Podemos mostrar que é factível imprimir em 3D uma válvula do coração em colágeno e que funcione" - Adam Feinberg, um dos coautores.

As tentativas anteriores de criar essas estruturas, conhecidas como matrizes extracelulares, falharam porque as impressões tinham resolução baixa ou o tecido não era válido.

O colágeno, que é um biomaterial perfeito para estes projetos, é encontrado em todos os tecidos do corpo humano. Ele é fluido e, por isso, se tornava em um material gelatinoso na hora da impressão 3D.


Os cientistas da Universidade Carnegie Mellon foram capazes de lidar com esse problema fazendo mudanças rápidas do pH para que o colágeno solidificasse de forma controlada e rápida.


"Esta é a primeira versão de uma válvula, pelo que tudo o que conseguirmos será melhor e melhor", disse Feinberg.


A técnica pode ajudar pacientes que esperam por um transplante cardíaco, mas primeiro terá que ser validada com testes em animais e, eventualmente, em seres humanos.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Filme gravado no Seridó do RN ganha prêmio na Alemanha

BACURAU
O filme Bacurau, dos diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, venceu o prêmio de melhor filme no 37° Festival de Cinema de Munique (Filmfest München), na principal Mostra, a CineMasters Competition. O longa metragem foi filmado em 2018, na comunidade da Barra, em Parelhas, município do Seridó Potiguar. Diversas pessoas da cidade atuaram como figurantes e no apoio para a produção.

Em maio, o filme levou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, onde estreou. No Brasil, Bacurau terá sua primeira projeção no Festival de Gramado, como filme de abertura fora de competição, no dia 16 de agosto. A estreia nas salas brasileiras será no dia 29 de agosto, com distribuição da Vitrine Filmes. O prêmio em Munique prevê 50 mil euros em equipamentos Arri para o próximo filme dos realizadores.

O filme de ficção se passa em um povoado no sertão, chamado Bacurau, e tem como marco a morte de uma moradora conhecida, Dona Carmelita. A partir deste episódio, a trama se desenvolve despertando eventos inesperados. A obra deve estrear em salas de cinema no Brasil no segundo semestre.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Vírus do HIV é eliminado do genoma de animais vivos em pesquisa nos EUA

Sequência do tratamento com as técnicas Laser Art e Crispr — Foto: Reprodução

Cientistas das universidades de Temple e Nebraska, nos Estados Unidos, eliminaram pela primeira vez o vírus responsável pela Aids do genoma de animais vivos.

A pesquisa que conseguiu realizar o experimento foi divulgada na terça-feira (2) em artigo na revista “Nature Communications”. O estudo mostra que um tratamento combinado de medicamentos e de edição genética conseguiu eliminar a presença do HIV-1 em ratos infectados pelo vírus.


quarta-feira, 26 de junho de 2019

Por que algumas pessoas são mais picadas por mosquitos do que outras?

Você é do time que sofre com as picadas de mosquitos? (Foto: Pixabay)
Algumas pessoas podem passear por um parque ou trilhas ao ar livre e saírem ilesas de qualquer picada de mosquito. Enquanto isso, muitos sofrem com as coceiras, vermelhidões e as consequências das mordidas desses insetos. Por que isso ocorre?

Segundo o pesquisador Joop van Loon, da Universidade Wageningen, da Holanda, os “mosquitos se orientam segundo pulsos de dióxido de carbono (CO2)”. Nós liberamos CO2 quando expiramos e esse gás não se mistura imediatamente com o ar ao redor, o que atrai os mosquitos.

Os insetos analisam a atmosfera química e usam seus órgãos sensoriais para encontrar suas vítimas conforme os componentes que deixamos no ar. Estima-se que eles possam rastrear pessoas que estão a pouco mais de 50 metros de distância.

Quando essa distância é menor, a cerca de um metro, os mosquitos também utilizam outros critérios para determinar quem vão picar, tal como a temperatura, cor da roupa e a presença de vapor d’água. Mas o mais importante dos critérios, segundo os cientistas, são os componentes químicos produzidos por colônias de micróbios que vivem na pele.

“As bactérias convertem as secreções das nossas glândulas sudoríparas em componentes voláteis que são coletados no ar pelo sistema olfativo localizado na cabeça dos mosquitos”, afirmou Van Loon, ao site Live Science.

Existem um total de 300 componentes diferentes criados por micróbios e eles variam de acordo com as condições genéticas humanas e com o ambiente. Segundo um estudo de 2011, homens com maior diversidade de micróbios na pele tendem a ser menos picados por mosquitos.

A composição das colônias de micróbios podem ainda variar ao longo do tempo no mesmo indivíduo, especialmente se a pessoa está doente. Além disso, os insetos têm uma preferência inusitada: “mosquitos amam a cor preta, então considere vestir algo mais claro no seu próximo churrasco ao ar livre”, aconselhou Jeff Riffell, professor de biologia da Universidade de Washington.

sábado, 30 de março de 2019

Como seu intestino pode ajudar seu cérebro

Um século atrás, alguns poucos estudos descobriram uma ligação entre alimentação e saúde mental. Agora, evidências mostram que bactérias que carregamos dentro de nós podem influenciar como nos sentimos — Foto: Unplash/Divulgação
intestino de um paciente pode não ser o lugar mais óbvio para buscar as origens da depressão. Mas esse foi o palpite do químico britânico George Porter Phillips no início do século 20.

Enquanto percorria as enfermarias do notório Bethlem Royal Hospital, em Londres, Phillips observara que seus pacientes com melancolia frequentemente sofriam de constipação severa, junto com outros sinais de "entupimento geral dos processos metabólicos" - incluindo unhas quebradiças, cabelos sem lustro e tez amarelada

Inicialmente, poderíamos pensar que esses problemas fisiológicos foram causados pela depressão, mas e se o contrário fosse verdadeiro? Phillips se perguntou, então, se seria possível aliviar a depressão tratando o intestino.


Para provar essa hipótese, ele alimentou os pacientes com uma dieta de baixo teor calórico, sem carnes, exceto peixes. Também lhes ofereceu uma bebida láctea fermentada conhecida como kefir, que contém as bactérias lactobacillus, um micróbio "amigável" que já era conhecido por facilitar a digestão.

Surpreendentemente, funcionou. Dos 18 pacientes testados por Phillips, 11 foram curados completamente. Outros dois apresentaram melhora significativa.
Foi a prova que faltava de que nossas bactérias intestinais podem ter uma profunda influência sobre nosso bem-estar mental.
Uma série da BBC Future analisou várias afirmações sobre o poder da nossa flora intestinal de causar cura ou dano. Mas a ligação entre esses micro-organismos e nossa saúde mental talvez seja a mais difícil de ser observada. Como esses seres microscópicos que se alimentam de restos da nossa digestão poderiam afetar nosso cérebro?

domingo, 16 de dezembro de 2018

Unicamp descobre droga capaz de deixar células mais saudáveis durante envelhecimento

Caenorhabditis elegans, verme analisado em pesquisa sobre longevidade do Laboratório de Biologia do Envelhecimento, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, em Campinas. — Foto: Sarah Azoubel Lima/Divulgação
Mais saúde na velhice. O Laboratório de Biologia do Envelhecimento, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, em Campinas (SP), descobriu uma droga capaz de aumentar a vitalidade das células de vermes, interferindo tanto no tempo quanto na qualidade da vida deste ser vivo.
Vermes estudados em pesquisa sobre longevidade na Unicamp, em Campinas. — Foto: Marcelo Mori/Arquivo pessoal
O estudo foi publicado no periódico internacional Redox Biology. O medicamento que apresentou o avanço nas pesquisas, iniciadas há cinco anos com colaboração nacional e internacional, é o enoxacino. Um agente antimicrobiano já usado para tratar infecções urinárias em humanos.
Pesquisador e coordenador do estudo da Unicamp sobre droga que reduz efeitos maléficos da velhice, Marcelo Mori. — Foto: Sarah Azoubel Lima/Divulgação
Os vermes Caenorhabditis elegans - medem no máximo 1 mm e são frequentemente usados em estudos sobre envelhecimento por terem um ciclo de vida de até 30 dias - viveram 18% a mais com a droga, se comparado aos que não foram submetidos à substância.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Conheça Hyperion, a maior estrutura espacial já descoberta

O Hyperion tem uma massa mais de um milhão de bilhões de vezes maior que a do Sol — Foto: Divulgação/ESO/BBC

Uma equipe internacional de astrônomos anunciou nesta quarta-feira a descoberta da maior estrutura já encontrada no espaço, um superaglomerado ancestral de galáxias com massa de mais de um milhão de bilhões de vezes a do Sol. Hyperion, como foi batizada, é a maior estrutura já vista nos primeiros 5 bilhões de anos do Universo.

Para compreender isto, precisamos lembrar que há um consenso no meio astronômico de que o Big Bang, ou seja, a explosão fundamental que deu origem ao Universo, ocorreu entre 13,3 bilhões e 13,9 bilhões de anos atrás.

Quando os cientistas miram telescópios para os confins do espaço, eles estão sempre observando o passado - afinal, a luz viaja a uma velocidade de 300 mil quilômetros por segundo e, ao olhar para o céu, o que se vê é a luz emitida pelos astros, sempre com algum grau de "delay".

Por exemplo: a luz do nosso Sol, que está "perto" - em termos astronômicos -, chega a nós com um atraso de 8 minutos, que é o tempo que a luz demora para percorrer a distância.

No caso de Hyperion, ela está tão distante que a imagem obtida pelos cientistas é um retrato de mais de 11 bilhões de anos atrás - calcula-se que o superaglomerado ancestral de galáxias seja de quando o Universo era um jovem de 2,3 bilhões de anos.

Hyperion recebeu este nome por causa de suas dimensões colossoais em referência a um dos titãs da mitologia grega. Em português, é também chamado de Hiperião, Hipérion ou Hiperíon.

A descoberta

Catorze instituição científicas europeias, americanas e asiáticas fizeram parte da pesquisa que culminou na descoberta. Os trabalhos foram liderados pela astrônoma Olga Cucciati, do Instituto Nacional de Astrofísica de Bolonha, Itália, e pelo astrofísico Brian Lemaux, da Universidade da Califórnia.


Eles utilizaram um instrumento chamado VIMOS, do Very Large Telescope do Observatório de Paranal, localizado em uma montanha de 2.635 metros de altura em pleno deserto do Atacama, no norte do Chile.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Como cientistas chineses conseguiram que ratos do mesmo sexo se reproduzissem

Pesquisadores chineses recorreram a células-tronco embrionárias - e à manipulação genética - para realizar o estudo em laboratório — Foto: Leyun Wang/Divulgação
Aquela verdade que sabemos desde as aulas de biologia sobre como funciona a reprodução entre mamíferos passa a ser questionada. Ao menos é o que demonstra uma pesquisa – com resultados obtidos em laboratório – desenvolvida pela Academia Chinesa de Ciências. Os cientistas conseguiram fazer, graças à manipulação genética, que camundongos do mesmo sexo tivessem filhos.


No caso de descendentes de ratos fêmeas, a prole toda nasceu saudável, com parâmetros semelhantes à resultante de casais que se reproduzem na natureza. Já no caso de ratos machos, os filhotes nasceram debilitados e toda a ninhada morreu em dois dias. O trabalho está na edição desta quinta-feira (11) da revista "Cell Stem Cell", publicação mensal especializada em pesquisas com células-tronco.


De acordo com o coordenador do estudo, Qi Zhou, professor do Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências, o experimento surgiu de uma inquietação: por que os mamíferos só podem se reproduzir pela via sexuada?


Recapitulando as aulas de biologia: reprodução sexuada é aquela em que o processo depende de duas células reprodutoras especializadas, os gametas. No caso dos animais, são o óvulo – da mulher – e o espermatozoide – do homem.

Tanto a feminina quanto a masculina são células haploides, ou seja, com a metade do número de cromossomos da espécie. É quando os núcleos dos dois gametas se fundem - em um fenômeno chamado de cariogamia – que se forma a célula ovo, ou zigoto. E então, o milagre da vida acontece: mitoses (divisões) sucessivas formam um novo indivíduo.

Bom, os cientistas chineses resolveram recorrer a células-tronco – e à manipulação genética – para conseguir ninhadas de camundongos de pais do mesmo sexo. E, pelo menos no caso da prole descendente de duas mães, deu certo.

Histórico de tentativas

Não foi a primeira vez que um experimento assim foi realizado. A própria equipe de Qi Zhou já havia conseguido reproduzir ratos bimaternais. Entretanto, esta foi a primeira vez que os filhotes nasceram saudáveis.


sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A explicação por trás da descoberta de jararacas gigantes em parque de São Paulo

Jararacas entregues no Butantan mediam por volta de 1,5 metro, quando a média da espécie é de cerca de um metro — Foto: Leticia Monastero Delphino/Divulgação/BBC
Depois de ter ficado famoso, em 1998, por ser a área onde o assassino em série Francisco de Assis Pereira, o "maníaco do parque", estuprou e matou pelo menos seis mulheres e tentou fazer o mesmo com outras nove, o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga - conhecido popularmente como Parque do Estado -, volta a chamar atenção. Só que agora por outro motivo.
Ataques de predadores foram mais que o dobro no Parque do Estado que na Cantareira — Foto: Lucas Henrique Carvalho Siqueira/Divulgação/BBC
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto Butantan descobriram que, em seus 540 hectares, encravados na zona sul de São Paulo, vivem jararacas (Bothrops jararaca) gigantes, pelo menos 50% maiores que os espécimes comuns.
Jararacas do Parque do Estado são pelo menos 50% maiores que os espécimes comun — Foto: Otavio Augusto Vuolo Marques/Divulgação/BBC
A pesquisa foi feita para o trabalho de mestrado do biólogo Lucas Henrique Carvalho Siqueira no Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas do campus da Unesp de São José do Rio Preto, com orientação do pesquisador do Laboratório de Ecologia e Evolução do Instituto Butantan Otavio Augusto Vuolo Marques.

Os resultados foram publicado no Journal of Herpetology, publicado pela Sociedade para o Estudo de Anfíbios e Répteis (SSAR, na sigla em inglês), organização internacional fundada em 1958.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Cientistas identificam fonte de emissões misteriosas que estão destruindo a camada de ozônio

Buraco na camada de ozônio em 2000 registrado pela NASA, a agência espacial dos EUA (Foto: NASA/SCIENCE PHOTO LIBRARY)
os últimos meses, cientistas de todo o mundo foram surpreendidos com um misterioso aumento das emissões de gases que estão comprometendo, de forma drástica, a camada de ozônio que protege a Terra.

Agora, um grupo de pesquisadores acredita ter descoberto os responsáveis pelos danos ao meio ambiente: espumas de isolamento térmico de poliuretano, produzidas na China para uso em residências.

A Agência de Investigação Ambiental (EIA, na sigla em inglês), com base no Reino Unido, identificou a presença de CFC-11, ou clorofluorocarbonos-11, na produção dessas espumas na China. O composto químico havia sido proibido em 2010, mas está sendo usado intensamente em fábricas chinesas.

O relatório da EIA apontou a construção de casas na China como fonte das emissões atípicas de gases. Há dois meses, pesquisadores publicaram um estudo que mostrava que a esperada redução do uso de CFC-11, banido há oito anos, havia desacelerado drasticamente.

Os pesquisadores suspeitavam que o composto continuava sendo usado em algum lugar do leste da Ásia. Mas a fonte exata ainda era desconhecida.

Especialistas tinham receio de que o CFC-11 pudesse estar sendo usado secretamente para enriquecer urânio na produção de armas nucleares.

Agora, os pesquisadores dizem não ter dúvidas de que a fonte de produção do composto está vinculada ao uso de espuma para isolamento térmico de casas.

'Agente expansor'

Os CFC-11 funcionam como um eficiente agente expansor na fabricação de espuma de poliuretano, convertendo-as em isolantes térmicos rígidos usados, principalmente, como forro no teto de residências para reduzir o custo da eletricidade e a emissão de carbono.

O EIA entrou em contato com fábricas de espuma de poliuretano em dez províncias na China. Depois de várias conversas com executivos de 18 empresas, os investigadores concluíram que o composto químico estava sendo usado na maioria dos isolantes de poliuretano produzidos pelas empresas.

A razão é simples: os CFC-11 têm melhor qualidade e são muito mais baratos que os produtos alternativos. Apesar do CFC-11 ter sido banido, a fiscalização não é eficiente e, por isso, ele continua sendo usado.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Notívagos têm risco de morrer mais cedo, diz estudo

Pessoas que ficam acordadas até tarde têm propensão a morrer mais cedo (Foto: C_Scott/Pixabay)
As pessoas que ficam acordadas até tarde e têm dificuldades para levantar da cama são mais propensas a morrer mais jovens do que aquelas que se levantam e se põem com o sol, disseram pesquisadores nesta quinta-feira (12).

Uma pesquisa com mais de 430 mil pessoas na Grã-Bretanha descobriu que os notívagos tinham um risco 10% maior de morrer no período de 6,5 anos do estudo que as pessoas diurnas.

"Esta é uma questão de saúde pública que não pode mais ser ignorada", disse o coautor do estudo Malcolm van Schantz, da Universidade de Surrey - e argumentou que as pessoas noturnas devem poder começar e terminar de trabalhar mais tarde que os demais.

A dupla reuniu informações sobre quase meio milhão de pessoas de entre 38 e 73 anos de um banco de dados público.

Os participantes tinham dito se eram: "definitivamente uma pessoa da manhã" (27%), "mais uma pessoa da manhã do que uma pessoa da noite" (35%), "mais uma pessoa da noite que da manhã" (28%) ou "definitivamente uma pessoa da noite" (9%).

Eles também informaram seu peso, se fumavam e seu status socioeconômico.

As mortes no grupo – pouco mais de 10.500 no total – foram documentadas por seis anos e meio.

Os pesquisadores descobriram que o grupo dos notívagos tinha um risco 10% maior de morrer no período estudado do que as pessoas do grupo mais extremo de diurnos.


As pessoas do grupo "definitivamente uma pessoa da noite" tinham maior probabilidade de sofrer de distúrbios psicológicos, diabetes e problemas de estômago e respiração, e dormiam menos horas por noite.

Elas também eram mais propensas a fumar, beber álcool e café e usar drogas ilegais.

domingo, 11 de março de 2018

Casais felizes não exibem a vida nas redes sociais, diz estudo

Resultado de imagem para foto de casais
Fotos de passeios, jantares, momentos românticos, nem um detalhe fica de fora das redes sociais de muitos casais. Porém, um estudo realizado pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas que exibem muito seus relacionamentos são, na verdade, os que mais se sentem inseguros em relação ao parceiro.

O trabalho científico, publicado pelo Boletim de Psicologia Social e de Personalidade, acompanhou 108 casais que indicavam estar em um relacionamento em seu status no Facebook, incluindo desde relacionamentos abertos até casamentos.

Cada participante manteve um diário ao longo de duas semanas, registrando o quanto se sentia inseguro em relação ao relacionamento e o quanto ele interagiu no Facebook a cada dia. Foi realizada uma análise dos perfis na rede social, considerando quanto tempo era gasto na página e a quantidade de publicações sobre a relação era feita pelos casais.

Foi descoberto que nos dias em que os participantes se sentiam mais inseguros, eles acabavam publicando mais coisas sobre o parceiro e seu relacionamento, entre fotos, mensagens, entre outros posts. Enquanto essas ações passam a imagem de que o casal está feliz, a verdade encontrada pelos cientistas diz o contrário.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A misteriosa água-viva de apenas dois centímetros que cientistas acreditam ser imortal

 A pequena água-viva Turritopsis nutricula pode viver para sempre  (Foto: Alvaro Migotto/Cebimar/USP )
ser humano sempre desejou a imortalidade, buscando a fonte da juventude, o elixir da vida eterna. Também povoou suas mitologias, religiões e histórias com seres, deuses e heróis que nunca morrem. Mas, na vida real, quem conseguiu esse feito foi uma pequena água-viva de não mais do que dois centímetros de diâmetro.

Depois de milhões de anos de evolução, esse bicho conquistou um poder de regeneração fantástico e não morre de causas naturais - só quando atacado por predadores. Por isso, em tese, pode viver para sempre.

Batizada de Turritopsis nutricula, é uma das cerca de 4 mil espécies de águas-vivas conhecidas no planeta. Foi descoberta em 1843 pelo zoólogo francês René-Primevère Lesson. Mas só mais recentemente sua capacidade de viver para sempre foi reconhecida.

Há duas versões sobre o achado dessa característica inusitada. De acordo com uma delas, a imortalidade da Turritopsis nutricula foi encontrada por acaso, em 1988, pelo então estudante alemão de biologia marinha Christian Sommer.

Ele passava férias de verão na Riviera Italiana, no Mar Mediterrâneo, e aproveitava para coletar espécies de hidrozoários para uma pesquisa. Nessa empreitada, acabou capturando a pequena e intrigante água-viva.

Sommer levou o animal para o laboratório e o observou por vários dias. Ficou espantado com o que viu. O animal simplesmente não morria. Pelo contrário, parecia que estava seguindo caminho inverso do envelhecimento e da morte, tornando-se cada vez mais "jovem".

 A água-viva tem a capacidade 'rejuvenescer', voltando a suas formas iniciais de vida  (Foto: Alvaro Migotto/Cebimar/USP )
A água-viva chegou até a regredir a sua primeira fase de desenvolvimento, reiniciando seu ciclo de vida novamente. E assim continuou sucessivamente, envelhecendo e rejuvenescendo, para voltar a envelhecer e rejuvenescer.

A outra versão diz que a descoberta da imortalidade da Turritopsis nutricula foi feita pelo pesquisador japonês Shin Kubota, hoje um dos maiores especialistas do mundo nesse animal.

Kubota descobriu o poder de rejuvenescimento ou regeneração dessa água-viva quando encontrou, no mar do sul do seu país, uma delas cheia de espinhos em seu corpo.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Tomate pode restaurar pulmão de ex-fumantes, diz estudo

Uma dieta equilibrada e rica em tomates, acredite, pode salvar vidas. É o que sugere um estudo realizado pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, em Baltimore, nos Estados Unidos. Pesquisadores descobriram que, em um período de dez anos, foi possível desacelerar a perda progressiva de função pulmonar entre ex-fumantes que seguiram uma dieta rica em frutas, como o tomate, além do consumo frequente de maçã.

A pesquisa comprovou que certos componentes presentes nesses alimentos podem ajudar a restaurar os estragos causados pelo cigarro no pulmão. Os pesquisadores descobriram que adultos que comiam, em média, mais de dois tomates e mais de três porções de frutas por dia tiveram menor declínio nas funções do órgão respiratório — em comparação com pessoas que comeram, diariamente, quantidades inferiores desses alimentos.

É importante ressaltar que o efeito foi observado apenas naqueles que consumiram frutas in natura, ou seja, alimento em estado natural.

Fonte: Veja

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Café faz bem a saúde

Uma pesquisa que reuniu dados de mais de 200 estudos anteriores traz uma boa notícia para fãs do café. Segundo o trabalho, indivíduos que tomam três ou quatro doses da bebida por dia têm mais chances de desfrutar de certos benefícios à saúde do que pessoas que não bebem café.

Entre estes benefícios, estão um risco menor de doenças cardíacas e de morte prematura. Na pesquisa, o hábito de beber café também se mostrou ligado a menores riscos de diabetes, doenças no fígado, demência e até de alguns cânceres. Realizado por cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, o trabalho foi publicado pelo periódico British Medical Journal.

Mas, por se tratar de uma análise prioritariamente observacional, os responsáveis não têm provas de que beber café é a razão para esses ganhos. Eles apenas verificaram que, entre os adeptos do café que participaram da pesquisa, os indicadores de saúde eram melhores. Até por conta disso, os especialistas dizem que ninguém deve começar a beber café com o objetivo de melhorar sua saúde.

Mas, de uma maneira geral, pode-se dizer que o café está mais ligado a aspectos positivos do que negativos para o corpo.

– Fatores como a idade, uso de cigarro e frequência de execícios físicos podem ter influenciado o estudo – ponderou pesquisador e co-autor da análise Paul Roderick. – Existe um balança de riscos na vida, e, aparentemente, os benefícios do consumo moderdo de café são maiores que os riscos.

O estudo, por outro lado, confirmou algo que pesquisas prévias já tinham assinalado: café demais pode prejudicar mulheres durante a gravidez. A Agência Nacional de Saúde do Reino Unido, aliás, diz que gestantes não devem beber mais do que dois copos de café por dia, o que equivale a 400mg de cafeína. Adultos, de uma maneira geral, não devem consumir mais de três ou quatro copos, ou 400 mg de cafeína.

domingo, 12 de novembro de 2017

Vacina contra câncer tem 87% de sucesso em teste contra melanoma em animais

cancer
Uma vacina experimental melhorou a resposta imunológica em camundongos com melanoma, um tipo de câncer de pele. De acordo com pesquisa publicada nesta sexta-feira (10) na revista “Science Immunology”, 87% dos camundongos que receberam a vacina rejeitaram os tumores e apresentaram maior sobrevida. A pesquisa com a vacina foi realizada pela equipe de Yanqi Ye, do departamento de engenharia biomédica da Universidade da Carolina do Norte.

Os resultados positivos são creditados ao método de aplicação da vacina, que utiliza micro-agulhas para injetar pedaços de proteínas de tumor e melanina sob a pele. A melanina, proteína natural associada ao pigmento da pele, possibilita o aquecimento do local da aplicação, o que leva a uma maior eficácia da vacinação. Os pedaços de células de tumor funcionam como antígeno, que desperta o sistema de defesa do organismo para combater o câncer.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Pesquisa identifica 27 genes que podem prevenir alguns tumores

Tumor de mama foi um dos cânceres estudados por pesquisadores. Cientistas acreditam que genoma tem genes específicos de prevenção  (Foto: C. Bickel/Science Translational Medicine)
pós a análise de mais de 2000 tumores em 12 tipos de cânceres, pesquisadores identificaram 27 novos genes que poderiam prevenir o surgimento de alguns desses tumores. A descoberta pode fazer com que os genes se tornem "alvos" para novos tratamentos de combate à doença.

O estudo foi publicado nesta terça-feira (31) na "Nature Communications". Entre os cânceres mapeados, estão o câncer de mama, de pulmão, de intestino, de rim e de cérebro.

Pesquisadores também identificaram 96 regiões do genoma que se perdem quando um tumor surge -- e é nessa região que esses genes de prevenção do tumor se localizam. Nesses locais, pesquisadores também idenficaram 16 genes supressores já conhecidos (para além dos 27 que ainda não tinham sido mapeados).

A pesquisa foi liderada por cientistas do Instituto Francis Crick (Reino Unido) e da Universidade de Leuven (Bélgica), em colaboração com a Universidade de Chicago (EUA) e a Universidade de Oslo (Noruega).

A descoberta é particularmente importante porque o mapeamento desses genes tem possibilitado o desenvolvimento dos medicamentos mais modernos no câncer atualmente.

O trastuzumabe, por exemplo, medicamento que recentemente passou a ser ofertado pelo Sistema Único de Saúde, tem por foco um gene específico associado ao câncer de mama. O composto dobra a sobrevida de pacientes ao focar especificamente em tumores que expressam o gene HER2+.

Freios de tumores

No caso específico da pesquisa publicada na "Nature", pesquisadores foram além. Eles estavam interessados especificamente no maeamento de genes supressores. Segundo os pesquisadores, cada célula humana expressa dois pares de genes que funcionam como "freios" e tentam impedir que as células se tornem cancerosas.

Com isso, a ideia é que novos medicamentos atuem especificamente sobre esses pares de genes, que muitas vezes são bloqueados quando os tumores se desenvolvem.

A análise foi possível por técnicas modernas de modelos computacionais. Cientistas identificaram que mutações nesses genes supressores possuem uma "marca de DNA" específica que os difere de mutações não prejudiciais.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Melhorias na técnica Crispr permitem edição de RNA em células humanas

 Ilustração mostra atividade da CRISPR alterando a sequencia genética de molécula de DNA  (Foto: S.Dixon / F.Zhang / Divulgação )
Cientistas criaram um novo sistema para a edição eficiente de RNA em células humanas com a técnica Crispr. A edição de RNA, que pode alterar produtos de genes, tem potencial para ser usada tanto na pesquisa quanto no tratamento de doenças. O feito foi publicado na "Science" nesta quarta-feira (25).

A equipe, coordenada por Feng Zhang, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), também foi a primeira a utilizar a técnica para a edição de DNA em embriões humanos. A estratégia foi apresentada em julho desse ano. Zhang é dono da patente da técnica.

A Crispr é um dos avanços científicos recentes mais importantes e permite que cientistas "recortem" e "editem" o genoma com precisão. A principal diferença da façanha agora é que ela permite a edição do RNA.

O RNA funciona como um intermediário entre o DNA e a produção de proteínas. Ele "transcreve" as informações contidas no DNA e permite a síntese de proteína.