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domingo, 16 de julho de 2017

Pesticidas à base de nicotina são nocivos a abelhas, diz estudo

Populações de abelhas estão em declínio nos últimos anos (Foto: Reprodução/EPTV)
usados na agricultura, agrotóxicos neonicotinoides podem ser responsáveis pelo declínio da população de abelhas na natureza. Sugestão vem de abrangente pesquisa de campo realizada em três países e publicada na "Science". À base de nicotina, os pesticidas neonicotinoides são prejudiciais à reprodução e à vida das abelhas, afirmou um abrangente estudo publicado nesta quinta-feira (29/06) na revista científica Science. A população desses insetos polinizadores vem diminuindo de forma preocupante nos últimos anos.


A pesquisa de campo, anunciada como a mais extensiva sobre o tema, foi realizada em uma área total de 2 mil hectares, englobando três países europeus: Reino Unido, Hungria e Alemanha. A intenção era estabelecer os impactos dos pesticidas no "mundo real", e não em simulações em laboratório.
Os cientistas expuseram um grupo de abelhas a campos tratados com os neonicotinoides e um outro grupo a campos livres de pesticidas, e então seguiram esses insetos ao longo de um ano – da primavera de 2015 ao mesmo período do ano seguinte.
Na Hungria e no Reino Unido, a taxa de sobrevivência dos animais expostos ao agrotóxico foi alarmante, afirmou o estudo. Em território húngaro, por exemplo, o número de colônias sobreviventes foi 24% menor nos campos tratados com pesticidas do que nos não tratados.
Na Alemanha, curiosamente, os neonicotinoides não apresentaram efeitos tão nocivos. Segundo os pesquisadores, isso pode ter acontecido porque as abelhas no país são mais saudáveis, há menos doenças que afetam suas colônias, além de sua nutrição ser mais abrangente.
O cientista Richard Pywell, um dos autores do estudo, afirmou que apenas 10% da dieta das abelhas alemãs corresponde às plantas tratadas com os pesticidas, enquanto na Hungria e no Reino Unido essa taxa ultrapassa 50%, o que explica por que elas acabam sendo mais afetadas.
"Após esse novo estudo, continuar afirmando que o uso de neonicotinoides na agricultura não prejudica as abelhas já não é mais uma posição sustentável", opinou, à agência de notícias Reuters, o biólogo David Goulson, da Universidade de Sussex, no Reino Unido. Ele não participou do estudo.
A pesquisa foi financiada pela empresas Bayer, da Alemanha, e Syngenta, da Suíça, ambas fabricantes do pesticida à base de nicotina. Segundo os cientistas, as companhias não tiveram qualquer influência nos resultados publicados na Science nesta quinta-feira.
Há mais de uma década, as populações de abelhas têm apresentado um alarmante declínio, levando a ciência a incansáveis estudos para descobrir os motivos. A queda dessas espécies é preocupante devido à função de polinização que elas exercem, muito necessária para o cultivo de alimentos, por exemplo.
A pesquisa de campo, anunciada como a mais extensiva sobre o tema, foi realizada em uma área total de 2 mil hectares, englobando três países europeus: Reino Unido, Hungria e Alemanha. A intenção era estabelecer os impactos dos pesticidas no "mundo real", e não em simulações em laboratório.

Os cientistas expuseram um grupo de abelhas a campos tratados com os neonicotinoides e um outro grupo a campos livres de pesticidas, e então seguiram esses insetos ao longo de um ano – da primavera de 2015 ao mesmo período do ano seguinte.

Na Hungria e no Reino Unido, a taxa de sobrevivência dos animais expostos ao agrotóxico foi alarmante, afirmou o estudo. Em território húngaro, por exemplo, o número de colônias sobreviventes foi 24% menor nos campos tratados com pesticidas do que nos não tratados.

Na Alemanha, curiosamente, os neonicotinoides não apresentaram efeitos tão nocivos. Segundo os pesquisadores, isso pode ter acontecido porque as abelhas no país são mais saudáveis, há menos doenças que afetam suas colônias, além de sua nutrição ser mais abrangente.

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