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sábado, 30 de março de 2019

Como seu intestino pode ajudar seu cérebro

Um século atrás, alguns poucos estudos descobriram uma ligação entre alimentação e saúde mental. Agora, evidências mostram que bactérias que carregamos dentro de nós podem influenciar como nos sentimos — Foto: Unplash/Divulgação
intestino de um paciente pode não ser o lugar mais óbvio para buscar as origens da depressão. Mas esse foi o palpite do químico britânico George Porter Phillips no início do século 20.

Enquanto percorria as enfermarias do notório Bethlem Royal Hospital, em Londres, Phillips observara que seus pacientes com melancolia frequentemente sofriam de constipação severa, junto com outros sinais de "entupimento geral dos processos metabólicos" - incluindo unhas quebradiças, cabelos sem lustro e tez amarelada

Inicialmente, poderíamos pensar que esses problemas fisiológicos foram causados pela depressão, mas e se o contrário fosse verdadeiro? Phillips se perguntou, então, se seria possível aliviar a depressão tratando o intestino.


Para provar essa hipótese, ele alimentou os pacientes com uma dieta de baixo teor calórico, sem carnes, exceto peixes. Também lhes ofereceu uma bebida láctea fermentada conhecida como kefir, que contém as bactérias lactobacillus, um micróbio "amigável" que já era conhecido por facilitar a digestão.

Surpreendentemente, funcionou. Dos 18 pacientes testados por Phillips, 11 foram curados completamente. Outros dois apresentaram melhora significativa.
Foi a prova que faltava de que nossas bactérias intestinais podem ter uma profunda influência sobre nosso bem-estar mental.
Uma série da BBC Future analisou várias afirmações sobre o poder da nossa flora intestinal de causar cura ou dano. Mas a ligação entre esses micro-organismos e nossa saúde mental talvez seja a mais difícil de ser observada. Como esses seres microscópicos que se alimentam de restos da nossa digestão poderiam afetar nosso cérebro?

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