Dinheiro da Telexfree bancou show de Paul McCartney no ES
“Oi, Vitória. Boa noite, capixabas”. A inesquecível saudação de Paul McCartney na noite de 10 de novembro de 2014 materializava algo até então surreal. Um dos maiores artistas da história, um ex-Beatle, apresentaria clássicos no inacabado Estádio Kleber Andrade, em Cariacica. Mas tão surpreendente quanto o espetáculo foi quem financiou a festa. Nem o astro nem os mais de 30 mil espectadores sabiam que o cachê milionário do artista foi pago com o dinheiro sujo da Telexfree, a maior pirâmide financeira do mundo.
Por trás do evento histórico há indícios de uma trama, coordenada pelos chefões do golpe bilionário, para lavar dinheiro acumulado às custas de vítimas em mais de 100 países e mantido em contas de laranjas. As informações são apuradas por A Gazeta desde 2014 e recentemente ganharam consistência suficiente para serem publicadas.
As descobertas são baseadas em documentos públicos e em entrevistas que comprovam a ligação com o show. Também existem investigações sigilosas no Ministério Público Federal (MPF), que disse não comentar apurações em andamento.
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