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quinta-feira, 4 de julho de 2019

Servidores da Saúde paralisam trabalho e fazem protesto em frente à Governadoria do RN

Servidores da Saúde do RN paralisam atividades e montam tendas em frente à Governadoria ao Estado, em protesto — Foto: Cedida
Servidores da rede estadual de saúde fazem uma paralisação nesta quarta-feira (3) nos hospitais e demais unidades. De acordo com a categoria, embora não paralise completamente os serviços, por serem de caráter essencial, os trabalhos foram reduzidos. Os servidores cobram pagamentos de salários atrasados, reajuste dos vencimentos e algumas outras pautas específicas da área.

Um protesto acontece em frente à Governadoria, sede do gestão estadual, no Centro Administrativo, em Natal. Os servidores armaram tendas no gramado localizado próximo ao prédio onde a governadora Fátima Bezerra (PT) despacha. De acordo com os servidores, as atividades administrativas foram paralisadas 100%. As demais, funcionam com 70% da capacidade.

De acordo com o Sindicato dos Servidores da Saúde, a paralisação foi aprovada em assembleia da categoria no dia 14 de junho e também é "contra a retirada da insalubridade da aposentadoria e o desmonte do SUS, aplicados pelo governo de Fátima Bezerra".

Procurada pelo G1 pela manhã, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) afirmou não ter um levantamento sobre o impacto da paralisação no atendimento ao público, nos hospitais do estado. À tarde, a Sesap emitiu uma nota. "Entramos em contato com os hospitais e todos nos falaram que a paralisação não levou a intercorrências no atendimento. E em muitos serviços, o funcionamento estava normal".

Em 2018, o Governo do Rio Grande do Norte decretou estado de calamidade na saúde pública duas vezes. Apesar de não ter acontecido renovação, os servidores reclamam que os hospitais estão superlotados, com estruturas físicas degradadas e com déficit de medicamentos e profissionais.
Ainda de acordo com o sindicato, o governo prejudicou a categoria quando judicializou a greve da saúde no início do ano, anunciou fechamento o Hospital Ruy Pereira - medida que depois foi revogada - e agora "ameça fechar metade dos leitos do Hospital Regional de Canguaretama".
"Estamos com os nossos salários atrasados e há quase 10 anos sem reajuste salarial, mas a governadora só quer dar reajuste para quem já recebe R$ 30 mil? Os servidores não aguentam mais tanto descaso, estamos ficando doentes", afirma a diretora do Sindicato, Maria do Carmo, em referência ao aumento de 16% concedido aos procuradores do Estado após o aumento do salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

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