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domingo, 16 de julho de 2017

Os animais que conseguem escapar vivos após serem devorados

Taricha granulosa, um tipo de salamandra, também pode sobreviver à viagem pelo intestino de um sapo  (Foto: Visuals Unlimited/naturepl.com )
em 2012, biólogos que participavam de uma expedição ao Timor Leste, no sudeste da Ásia, flagraram uma cobra-cega-de-Brahminy rastejando de um lugar bastante inesperado: o traseiro de um sapo asiático comum.

A dupla de animais foi encontrada embaixo de uma pedra.

O ineditismo do acontecimento se deu por dois motivos. Foi a primeira vez que uma presa foi observada saindo viva após a digestão por um sapo.

Também porque, até então, nunca se vira um animal tão grande quanto uma cobra-cega escapar com vida após passar por um canal digestivo.

"É muito surpreendente que um vertebrado, que tem pulmões, seja capaz de sobreviver", diz Mark O'Shea, da Universidade de Wolverhampton, no Reino Unido.

Probabilidades

Larvas e pequenos invertebrados marinhos podem passar ilesos por alguns predadores.
Mas presas maiores estão sujeitas a serem mastigadas até a morte. Mesmo que consigam se esquivar, viajar pela garganta inteira do predador pode ser muito complicado.
E, se conseguirem, encontrarão um desafio maior ainda.
A maioria das presas não conseguiria sobreviver à exposição aos ácidos gástricos que decompõem tecidos no estômago de um predador. Enfrentar a falta de oxigênio na profundidade do sistema digestivo é outro problema.
No entanto, para as presas engolidas por um sapo ou uma ave, as possibilidades de sobrevivência podem ser um pouco mais altas.
Esses animais costumam empurrar os alimentos para o fundo da garganta antes de os engolir, o que pode aumentar a probabilidade de que a presa entre no sistema digestivo sem grandes danos.
Isso ajuda a explicar como um anfíbio extremamente tóxico - a Taricha granulosa, um tipo de salamandra - consegue sobreviver após ser engolida por uma rã.
Ao entrar no estômago da rã, as toxinas liberadas pela salamandra matam o predador antes que seu suco digestivo comece a funcionar.
A partir daí, o anfíbio só precisa sair pela boca da rã morta.

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