De acordo com os pesquisadores, esta análise - que teve a participação de 70 pacientes - ajuda a aprofundar as investigações sobre as possíveis causas que levam a gravidez nestas mulheres a se tornar uma condição biológica propícia para o desenvolvimento destes tumores. O trabalho se centra na identificação de perfis de expressão genética associados especificamente ao câncer de mama gestacional, já que, para os pesquisadores, o aumento do conhecimento biológico e molecular desta patologia tem um grande interesse.
Em declarações à Agência Efe, o principal pesquisador do estudo, o oncologista Juan de la Haba, explica que qualquer tecido humano é formado por células que alcançam amadurecimento e é então que seu DNA fica "muito mais seguro e resistente" a danos que pode ocasionar o surgimento de um câncer.
Gravidez previne câncer de mama
No caso do câncer de mama, Haba afirma que as células da glândula mamária adquirem amadurecimento completo quando este órgão desenvolve a função para o que foi criado: a amamentação.
Ele lembra que a gravidez previne o câncer de mama se ocorre cedo e a opção de não ter filhos aumenta o risco de ter a doença. Segundo ele, uma glândula mamária que chega aos 35 anos sem ter cumprido sua função têm células imaturas e que, além disso, foram submetidas durante mais tempo a agentes externos.
"Quando a mulher fica grávida a partir dos 30 anos, essas células até então não maduras, são submetidas a um estímulo proliferativo, ou seja, do crescimento da mama e, se existe dano em nível celular, a gravidez pode atuar como estímulo à proliferação de células que estão danificadas", diz ele.
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