Para fazer o desenho, Pessoa mede a proporção dos seios e seleciona pigmentos que vão dar a sensação de realidade ao trabalho final. Ele diz que teve de se especializar na técnica para que o resultado ficasse bom. “Eu tenho que usar a técnica 3D que é a perspectiva de cor e luz. Tive que me especializar também nos pigmentos. Isso é o mais importante, é isso que dá a realidade. Quando mais escura a pele, mais difícil o trabalho”, disse.
A comerciante Edilene Vaz, de 47 anos, teve um câncer de mama diagnosticado em 2007 e só foi considerada curada em 2009. Ela passou por uma mastectomia e passou dois anos sem a mama. Ela realizou o procedimento da tatuagem em maio deste ano e diz que agora se sente completa.
“Eu sentia que faltava alguma coisa. Para a mulher o seio é tudo. Tinha gente que me falava: ‘Ah, mas é melhor você ficar sem o seio do que sem uma perna’. Mas faz falta do mesmo jeito. Quando fiz a tatuagem, me senti completa novamente. A partir do momento que fiz, tive a impressão de que agora sim tudo estava de volta ao lugar”, disse.
A aposentada Maria dos Reis, de 72 anos, teve câncer diagnosticado em 2011 está na fila de espera para o procedimento. Ela disse que espera obter um bom resultado com a tauagem e, com isso, recuperar o humor.
“Eu acho que vai ser muito bom, vai levantar o meu astral. Eu me sinto muito incomodada quando vou trocar a roupa perto de alguém. A gente fica constrangida e por isso eu quero fazer para melhorar a autoestima. Não conheço ninguém que fez, mas estou na expectativa de que fique como as fotos que ele me mostrou das pessoas que já fizeram”, disse Maria.
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