Fora da Libertadores, Corinthians e São Paulo terão de mostrar maturidade para entender que tipo de bebida causou a enorme dor de cabeça da quinta-feira. Quantas doses de salários atrasados, mau planejamento, salto alto ou aquele gole imperceptível de bola na trave, pênalti perdido, cartão vermelho desnecessário.
O Timão se embriagou de vaidade. Optou pelo caminho mais fácil de deleitar-se com elogios e acreditar na autossuficiência de quem, mesmo com um reserva aqui ou uma mescla ali, passeou na primeira fase do fraquíssimo Paulistão, que tem, a valer, duas semanas de torneio.
A soberba não é planejada, não é voluntária. Nenhum jogador do Corinthians acordou e, ao se trocar para o treino, pensou: “Hoje não vou de chuteiras, vou de salto alto”. No mundo imaginário em que as cabeças do clube se permitiram entrar não haveria dificuldades, obstáculos intransponíveis, e, quando eles surgiram, a reação foi a pior possível. Em nenhum momento houve medo de perder o controle. Pensou-se sempre que “só depende de nós”, como se fossem fantasmas do outro lado. Não eram.
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