Antes de matar ex-namorada no RN, 'suspeito fez as malas', diz delegado

Apontado como principal suspeito pelo assassinato da estudante Júlia Mariana Torres de Oliveira, de 17 anos, o ex-namorado da vítima, Francisco Marcílio, de 18 anos, teria planejado a morte da adolescente e a fuga após o crime, cometido na noite deste domingo (10). É o que apurou o delegado Renato Oliveira, titular da Delegacia de Polícia Civil de Apodi, cidade da região Oeste do Rio Grande do Norte. "Soubemos que às vésperas do dia do crime ele preparou roupas para viagem. A fuga foi planejada", afirma Oliveira, que ouviu quatro testemunhas nesta segunda-feira (11). Considerado foragido pela polícia, o suspeito ainda não foi localizado.

O delegado conta que as testemunhas, dois amigos e duas amigas de Júlia, confirmaram que a estudante sofria ameaças de morte do ex-namorado. "Os dois tiveram um relacionamento de dez meses. Ela falou para várias amigas que estava sendo ameaçada", explica. O suspeito teria chegado de motocicleta ao local do crime. "Depois de estacionar o veículo, ele foi até a menina e atirou quatro vezes nela. Apesar de estar usando capacete, as testemunhas reconheceram o rapaz", acrescenta Renato Oliveira.

As polícias Civil e Militar divulgaram a fotografia do jovem foragido. Segundo o delegado, o crime tem motivação passional, já que o rapaz teria se vingado da garota porque ela não queria reatar um namoro com ele. Novas testemunhas, incluindo a mãe e outros parentes da vítima, serão ouvidas nos próximos dias.

O crime

O homicídio aconteceu em frente à casa da adolescente, na rua Joana Ester Soares. De acordo com o capitão Inácio Brilhante, comandante da Polícia Militar na região, o suspeito se aproximou da residência da vítima em uma moto por volta das 20h. "Ela levou quatro tiros", afirmou Brilhante. "Depois, o criminoso fugiu", acrescentou.

À polícia, familiares da garota relataram que Júlia e o ex-namorado teriam terminado o relacionamento há aproximadamente 20 dias. "Com o fim do namoro, a adolescente foi morar em Mossoró. Neste final de semana, ela voltou a Apodi para visitar a família", revelou o capitão. "Os parentes contaram que ela já vinha sofrendo ameaças, mas ninguém deu queixa na delegacia".